sábado, 3 de setembro de 2011

Dificuldad​es que selaram destino de bombeiros no 11 de Setembro

Saiu essa reportagem no portal IG, reproduzida na revista Emergência, que disponibilizo no Blog.
Diria tratar-se de um estudo para os bombeiros de todo o Mundo. Vale a leitura.


"Estados Unidos - Enquanto milhares fugiram das Torres Gêmeas em chamas no World Trade Center (WTC) em Nova York, mais de 1 mil bombeiros fizeram o caminho inverso após os ataques do 11 de Setembro. Em meio ao caos, vestindo roupas pesadas e carregando ao menos 23 quilos de equipamentos, eles dividiram as escadas, estreitas para o tráfego daquela manhã de terça-feira, com aqueles que lutavam para sobreviver aos atentados terroristas que mudaram o mundo para sempre.

"Subíamos os degraus para o desconhecido. Não fazíamos a menor ideia do que encontraríamos pela frente, mas sabíamos que aquele dia mudaria nossas vidas", disse um bombeiro do Esquadrão 23 de Manhattan, que, assim como a maioria de seus colegas, não quis ter seu nome publicado.
Entre os bombeiros, o 11 de Setembro virou quase um tabu. "Ninguém gosta de falar disso. Não falamos nem mesmo entre nós. Não foi só o pior dia de nossas vidas, foi o pior ano", afirmou o bombeiro de 38 anos, que chegou à Torre Norte logo depois do primeiro ataque, às 8h46. O segundo foi perpetrado com o voo 175 da United Airlines, que colidiu entre os andares 77 e 85 da Torre Sul às 9h03, 17 minutos depois do primeiro choque.
Dos 2.753 mortos nas Torres Gêmeas, 411 faziam parte das equipes de resgate (e, em sua grande maioria, morreram no colapso dos prédios): o Departamento de Bombeiros de Nova York perdeu 343 homens, enquanto a Polícia Portuária contabilizou 37 vítimas e o Departamento de Polícia, 23. Além disso, oito paramédicos morreram no WTC. O incêndio mais mortal para os bombeiros antes do 11 de Setembro ocorreu em 1966, deixando 12 mortos. A morte de 343 colegas foi um choque extremamente forte para os bombeiros sobreviventes.
"A manhã do dia 11 foi horrível, mas apenas o início. Nas horas seguintes, as viúvas e os filhos dos colegas desaparecidos nos pediam ajuda para procurá-los nos escombros, ainda com esperanças de encontrá-los vivos. Era muito duro. Depois vieram centenas de funerais para os colegas, a dificuldade das famílias em lidar com a perda e os problemas financeiros, a culpa por não tê-los protegido de forma adequada e a vergonha de ser um sobrevivente em meio a tantas perdas. Por que eu? Por que não um colega que tinha três filhos?", questionou o bombeiro."







Fonte:
Maj Alexson Vales Leite
Blog: Joga Fora do Vales
@AlexsonVales

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