terça-feira, 13 de setembro de 2011

Substâncias liberadas nas queimadas são nocivas e podem provocar até câncer




Em grande parte do Distrito Federal, os índices de fumaça no ar, provocada pelas queimadas, estão 100% maiores do que a quantidade aceitável pela Organização Mundial de Saúde.




A fumaça no céu da capital do país não atrapalha somente a visibilidade. A cor cinza na atmosfera significa altos índices de substâncias nocivas à saúde, como o monóxido de carbono, o dióxido de nitrogênio e o enxofre, além de partículas liberadas pelas plantas queimadas, como a dioxina, que se inalada por um longo período e em grande concentração pode levar ao câncer. De acordo com imagens de satélite divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a quantidade de poluentes no ar de Brasília, em muitas áreas, já é o dobro da máxima considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em todo o DF, os índices de fumaça no ar variam, atualmente, entre 25mg por m² e 40mg por m². Para a OMS, a quantidade tolerável seria de 20mg por m². (Veja arte)

Todo esse vapor que incomoda os brasilienses tem origem nas queimadas que já consumiram 31,9 mil hectares de área verde em 2011. Desde a última quinta-feira, foram 21,9 mil ha. Além disso, o DF ainda recebe a fumaça de outras regiões como Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Minas Gerais — que só nos primeiros 11 dias de setembro teve 2.845 focos de incêndio. “Nessa época, as queimadas crescem muito em todo o Brasil e o vento desloca a fumaça, que está chegando ao DF”, explicou o pesquisador do grupo de queimadas do Inpe, Fabiano Morelli.


Para o biomédico e subsecretário de Saúde Ambiental do DF, Luiz Maranhão, este ano a população de Brasília está sentindo ainda mais os efeitos causados pela poluição dos incêndios no cerrado. De acordo com Maranhão, a fuligem que se solta na atmosfera com as queimadas são classificadas em três dimensões: as maiores, que não chegam a ultrapassar as narinas, pois ficam retidas nos pelos do nariz; as médias, capazes de chegar aos brônquios, provocando tosse e problemas respiratórios, como enfisema pulmonar, rinite e sinusite; e as menores, que, segundo o subsecretário, são as mais nocivas à saúde e podem causar até mesmo tumores. “Os particulados — nuvens de pó e cinza que vêm envolvendo Brasília desde que os incêndios começaram — são carregados de toxinas. Dependendo do tempo em que a pessoa fique respirando esse ar poluído, pode ocasionar a formação de vários tipos de câncer no corpo humano, pois a partícula, de tão pequena, tem condições de chegar até mesmo aos alvéolos pulmonares e à circulação sanguínea”, alertou.

Pior do que São Paulo
A combinação da poluição dos carros que percorrem o DF e dos incêndios desta época é ainda mais preocupante. “Acredito que, neste período de seca, temos o ar mais poluído do Brasil. Ultrapassando até mesmo o da grande São Paulo”, declarou Luiz Maranhão. Segundo ele, a diferença entre os vapores liberados pela queima de vegetação e pelos veículos está no tipo de combustão. “Enquanto os carros usam gasolina, álcool e diesel, as plantas em chamas liberam vários tipos de materiais orgânicos”, explicou. Para ele, o recorte geográfico da capital do país também agrava os riscos à saúde dos moradores. Aqui, a concentração de oxigênio chega a ser a metade daquela presente em cidades litorâneas do Brasil. “Temos uma umidade baixíssima e estamos 1.200 metros acima do nível do mar. São dois fatores que dificultam a respiração dos brasilienses”, acrescentou o subsecretário de Saúde Ambiental.

Alguns dos problemas enumerados por Maranhão são sentidos pelo pedreiro Raimundo da Silva Ferreira, 35 anos. Morador de uma região que fica a poucos metros de uma das áreas da Floresta Nacional (Flona), ele sofre com a fumaça intensa dos incêndios que já tomaram conta de 85% da área 1, localizada nas proximidades de Taguatinga. “Não consigo nem respirar direito e meus olhos ardem. Desde que começaram as queimadas, eu não paro de tossir. Há 10 anos que moro aqui e nunca vi uma coisa como essa. Fico triste com essa situação”, descreveu o pedreiro.



Fonte:


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quarta-feira, 7 de setembro de 2011




Caminhão tomba na DF 495 e provoca congestionamento de 2,5km na pista

Um caminhão carregado de entulho tombou hoje (7/9), por volta das 10h30, no km 6 da DF 495 (próximo à escultura conhecida como Chifrudo, no sentido Setor de Chácaras Saia Velha). O motorista, Admar Sena Dias, 40 anos, está consciente e não corre risco de morte. Ele teve fraturas nos braços e suspeita de traumatismo raquimedular (TRM), que compromete a coluna vertebral. Morador de Ceilândia, Dias ficou com a cabeça e as pernas presas sob grossas ferragens.

Por conta do acidente, a rodovia foi interditada nos dois sentidos e houve congestionamento de 2,5km do lado onde a tragédia ocorreu. A pista foi liberada depois da decolagem do helicóptero que levou o motorista ao Hospital de Base (onde Dias fará exames hoje à tarde).

O resgate foi feito pelo Corpo de Bombeiros - que, além do helicóptero, deslocou três viaturas para o local - e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), com uma ambulância.

Ainda não se sabe como ocorreu o acidente, mas havia uma placa de sinalização totalmente destruída na pista. A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar do DF tambem levaram viaturas ao local. Foi preciso usar escavadeiras para evitar que o caminhão tombasse novamente.



FONTE:

sábado, 3 de setembro de 2011

Rapaz fica ferido ao cair de moto no centro de Taguatinga

Um rapaz ficou levemente ferido após cair da moto que conduzia próximo à Praça do Relógio, no centro de Taguatinga. O acidente aconteceu por volta das 8h30 deste sábado (3/9) quando o autônomo Eduardo Fernandes, 21 anos, seguia para o trabalho. Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, a vítima teria sido fechada por um carro e caiu. A moto, placa JHZ-4833/DF, foi parar debaixo de um caminhão, mas o rapaz não foi atingido.

O motorista do caminhão Scania, placa CPJ-4830/MT, parou para prestar socorro. Diego foi socorrido ao Hospital Regional de Taguatinga e, segundo um amigo do rapaz, passa por exames e está bem


Fonte:

Dificuldad​es que selaram destino de bombeiros no 11 de Setembro

Saiu essa reportagem no portal IG, reproduzida na revista Emergência, que disponibilizo no Blog.
Diria tratar-se de um estudo para os bombeiros de todo o Mundo. Vale a leitura.


"Estados Unidos - Enquanto milhares fugiram das Torres Gêmeas em chamas no World Trade Center (WTC) em Nova York, mais de 1 mil bombeiros fizeram o caminho inverso após os ataques do 11 de Setembro. Em meio ao caos, vestindo roupas pesadas e carregando ao menos 23 quilos de equipamentos, eles dividiram as escadas, estreitas para o tráfego daquela manhã de terça-feira, com aqueles que lutavam para sobreviver aos atentados terroristas que mudaram o mundo para sempre.

"Subíamos os degraus para o desconhecido. Não fazíamos a menor ideia do que encontraríamos pela frente, mas sabíamos que aquele dia mudaria nossas vidas", disse um bombeiro do Esquadrão 23 de Manhattan, que, assim como a maioria de seus colegas, não quis ter seu nome publicado.
Entre os bombeiros, o 11 de Setembro virou quase um tabu. "Ninguém gosta de falar disso. Não falamos nem mesmo entre nós. Não foi só o pior dia de nossas vidas, foi o pior ano", afirmou o bombeiro de 38 anos, que chegou à Torre Norte logo depois do primeiro ataque, às 8h46. O segundo foi perpetrado com o voo 175 da United Airlines, que colidiu entre os andares 77 e 85 da Torre Sul às 9h03, 17 minutos depois do primeiro choque.
Dos 2.753 mortos nas Torres Gêmeas, 411 faziam parte das equipes de resgate (e, em sua grande maioria, morreram no colapso dos prédios): o Departamento de Bombeiros de Nova York perdeu 343 homens, enquanto a Polícia Portuária contabilizou 37 vítimas e o Departamento de Polícia, 23. Além disso, oito paramédicos morreram no WTC. O incêndio mais mortal para os bombeiros antes do 11 de Setembro ocorreu em 1966, deixando 12 mortos. A morte de 343 colegas foi um choque extremamente forte para os bombeiros sobreviventes.
"A manhã do dia 11 foi horrível, mas apenas o início. Nas horas seguintes, as viúvas e os filhos dos colegas desaparecidos nos pediam ajuda para procurá-los nos escombros, ainda com esperanças de encontrá-los vivos. Era muito duro. Depois vieram centenas de funerais para os colegas, a dificuldade das famílias em lidar com a perda e os problemas financeiros, a culpa por não tê-los protegido de forma adequada e a vergonha de ser um sobrevivente em meio a tantas perdas. Por que eu? Por que não um colega que tinha três filhos?", questionou o bombeiro."







Fonte:
Maj Alexson Vales Leite
Blog: Joga Fora do Vales
@AlexsonVales